A Universidade Estadual de Roraima (UERR) dará início a pesquisa de análise do DNA de agricultores, por possível contaminação por agrotóxico, no Projeto de Assentamento Nova Amazônia. Os resultados deste projeto poderão subsidiar políticas públicas mais seguras para trabalhadores rurais e o ecossistema local.
Segundo a pesquisadora, Dra. Elaine Cristina Morari, do Curso de Ciências Biológicas da UERR, o emprego de agrotóxicos no cultivo, embora aumentem a produtividade agrícola, seu uso indiscriminado representa riscos à saúde humana, como mutações e doenças crônicas, e tem impactos ambientais com a contaminação do solo e da água.
Além da pesquisa, serão realizadas ações de capacitação e divulgação científica para os agricultores, alertando sobre os riscos à saúde e ao meio ambiente. “Pretendemos contribuir para o avanço das pesquisas sobre o tema, ainda pouco explorado em Roraima, estado onde o agronegócio tem se expandido significativamente nos últimos anos”, analisou Morari.
A pesquisa da UERR é financiada por meio do Chamamento Público 2023/005, do Banco da Amazônia S/A, de seleção de projetos de pesquisas científicas.
A formalização do financiamento ocorreu nesta quinta-feira (3), na reitoria da UERR, com a presença do reitor Cláudio Travassos, do gerente geral da Agência Boa Vista do Banco da Amazônia, Luis Otavio de Moraes Pinto, do gerente empresarial André Luiz Pereira da Silva e da pesquisadora Elaine Morari.
O chamamento tem como objetivo financiar pesquisa científica, tecnológica e de inovação em instituições localizadas na Amazônia Legal, que promovam o desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal e a melhoria da qualidade de vida de suas populações.
O projeto será realizado pelo Grupo de Pesquisa Estudo Multidisciplinar em Agroecologia e Saúde (EMAS), que reúne pesquisadores da UERR, UFRR, UFPA e UFAL, além de estudantes de iniciação científica, mestrado e doutorado, coordenados por Morari.